04/01/2021 - Na ultima quinta-feira(31 de dezembro de 2020) o presidente Jair Bolsonaro criticou as medidas de isolamento, utilizadas para reduzir a propagação do novo coronavirus. Bolsonaro disse que essas medidas são uma “inrresponsabilidade” e que podem levar o pais ao “caos”. O presidente tambem criticou o uso de máscaras, consideradas por especialistas essencias para reduzir a infecção.
O Brasil encerrou o ano de 2020 com 194.976 vítimas da doença. Bolsonaro não fez nenhum comentário sobre as mortes na sua transmissão semanal em redes sociais, mas criticou algumas medidas tomadas por governadores e prefeitos, como fechamento do comércio e a restrição de circulação de pessoas, dizendo que são prejudiciais para a economia.
"O caos pode ser fazer presente. Com a equipe econômica, e mais alguns ministros, nós conseguimos evitar o caos. Mas se essa política de fechar, atingindo no coração a economia, nós podemos trazer o caos para cá. E esse inferno, essa assombração, está voltando, por irresponsabilidade de fechar tudo", disse o presidente.
Bolsonaro voltou a defender que integrantes do grupo de risco, como idosos e portadores de determinadas doenças, deveriam ficar isoladas.
Mesmo reconhecendo que não é "especialista no assunto", Bolsonaro afirmou que as máscaras de pano são uma " ficção " que tem proteção "praticamente zero" contra a corona vírus.
"Falam tanto em máscara. O tempo todo essa mídia pobre falando: "o presidente sem máscara". Não encheu o saco ainda, não? Isso é uma ficção. Quando é que nós vamos ter gente com coragem, que eu não sou especialista no assunto, para falar que a proteção da máscara é um percentual pequeno? A máscara funciona para o médico, que está operando uma máscara específica. A nossa aqui, praticamente zero", afirmou o presidente.
Um estudo realizado na Alemanha e publicado no início do mês mostrou que o uso obrigatório de máscaras reduziu a incidência da Covid-19 em 47%, em média.
Outros estudos recentes, como um realizado na universidade Virginia Tech e outro feito por pesquisadores da Universidade de Cambridge e da Universidade do Noroeste, mostraram que máscaras de tecidos são eficazes na proteção contra a Covid-19.
Bolsonaro também defendeu o Ministério da Saúde após o fracasso de um edital para a compra de seringas e agulhas para a vacinação contra a Covid-19. A pasta só conseguiu garantir 7,9 milhões de unidades, enquanto buscava adquirir 331,2 milhões.
O presidente atribuiu o resultado a um aumento no preço dos produtos: "vocês sabem para quanto foi o preço da seringa no Brasil? Você sabe como está produção disso, como o mercado reagiu sabendo que tínhamos que comprar 100 milhões ou mais de seringas? Quando há uma procura enorme e a produção não é grande, o preço vai lá para cima".
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