14/08/2020 - Um homem de 20 anos foi preso suspeito de estupro de vulnerável, pedofilia, participação em aborto e apologia ao crime em Salinas norte de Minas Gerais. Segundo a Polícia Civil, a vítima tinha 11 anos de idade quando eles começaram a se relacionar.
O delegado José Eduardo Santos explicou que a família da menor fez uma denúncia na delegacia. Inicialmente, ela negou todos os fatos.
"A vítima foi ludibriada e o suspeito tinha total consciência da gravidade da situação. As investigações apontam que ele foi para a porta de escola, o que caracteriza a intenção de aliciar uma vítima menor de idade. A partir disso, eles passaram a conversar por redes sociais. Ele aproveitava que a família dela estava fora de casa e entrava pulando o muro”, fala o delegado.
Diante da negativa, os policiais comprovaram o relacionamento por meio de bilhetes apreendidos. Um exame grafotécnico ajudou a identificar que a letra era da jovem e que as mensagens eram destinadas ao suspeito.
Após a confirmação por meio dos bilhetes, os policiais verificaram uma intensa troca de mensagens de celular entre os dois. Durante as investigações, foram encontradas fotos da jovem nua, o que caracteriza pedofilia. Foram identificadas ainda conversas sobre um aborto que a vítima teria feito durante o relacionamento, que durou menos de um ano e terminou em meados de março.
O delegado suspeita que a expressão “chá de canela” pode fazer alusão a alguma substância que a vítima possa ter utilizado, já que a polícia identificou que ela teve uma hemorragia, por meio da troca de mensagens e de exames clínicos.
Antes de saber da gravidade dos fatos e antes de fazer a denúncia, os familiares tiveram contato com o rapaz e ordenaram que ele se afastasse da menina. A partir disso, ele foi para São Paulo. O retorno dele ao Norte de Minas Gerais ocorreu há 11 dias e a prisão foi feita enquanto ele estava jogando futebol.
Posteriormente, por conta da gravidade da situação, o delegado José Eduardo ressalta que a família da vítima se mudou para outro estado.
“Durante a investigação policial, com objetivo de traçar o perfil do investigado, foi identificado que este mantinha redes sociais com material de apologia ao crime, ao uso de drogas e de ataques contra instituições públicas, principalmente, as policiais”, destaca o delegado.
Ao ser preso, o homem confessou em depoimento que manteve relações sexuais com a menor, mas afirmou que não forneceu remédio abortivo para ela. Disse ainda que não tinha fotos íntimas dela no celular. Ele foi levado ao presídio.
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