21/11/2020 - O auxilio emergencial deve ser pago somente até dezembro de 2020. Logo após o pagamento do benefício, a intenção do governo é colocar em pratica um novo programa. A expectativa é que o Renda Cidadã seja criado até lá.
Nessa semana, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, disse que o programa Renda Cidadã, que pretende substituir o auxilio emergencial em 2021, será discutido somente após o segundo turno das eleições municipais.
Inicialmente, o governo federal propõe que o novo programa substituía o Bolsa Família e o Auxilio Emergencial. O texto que cria o programa já foi criado. No entanto, devido ao modelo de financiamento, o programa não avançou.
“O assunto do Renda Cidadã, se a gente vai ou não fazer, como e o que será feito, tudo vai ser decidido após o segundo turno. Se a gente fala agora o posicionamento vai tudo ser usado como eleitoral. É prudente deixar para depois, assim como as reformas”, confirmou Ricardo Barros.
Integrantes do governo Jair Bolsonaro procuraram uma solução com fim do auxilio emergencial, uma vez que ele promoveu um aumento na popularidade do presidente. No entanto, a equipe econômica argumentava que não é possível manter o pagamento do auxilio sem furar o texto de gastos.
O programa que deve substituir o Bolsa Família e ser uma espécie de continuação do auxilio emergencial. Porém, atualmente o governo enfrenta dificuldade para definir a forma de financiamento do Renda Cidadã. Após falar publicamente sobre o Renda Cidadã pela primeira vez e cogitar formas de financiamento, o mercado não reagiu bem e o governo recuou.
O presidente deu aviso para Guedes sobre o substituto do auxílio emergencial; o presidente afirmou que o substituto, que deve começar a valer em janeiro de 2021, não pode ter valor menor que R$ 300 por mês, atual valor do auxílio emergencial residual.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Governo manterá o compromisso de limitar os gastos públicos abaixo do teto. Segundo o chefe da pasta, a medida será adotada mesmo que seja preciso abandonar o novo programa social, o Renda Cidadã.
Guedes revelou que o governo não vai ser populista e também garantiu que o substituto do Bolsa Família será fiscalmente sustentável, dentro da regra do teto de gastos.
“Não tem truque”, afirmou Guedes. Ele salientou que maiores transferências de renda poderiam ser viabilizadas com cortes em subsídios e deduções de classes de renda mais alta. “Não tem nenhuma discussão sobre o teto (dos gastos)”, disse Guedes.
|