30/01/2024 - O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou uma leve melhoria em sua projeção para o crescimento econômico do Brasil em 2024.
Segundo o relatório Perspectiva Econômica Global divulgado nesta terça-feira, a estimativa agora aponta um crescimento de 1,7%, representando um aumento de 0,2 ponto percentual em relação à previsão de outubro.
O FMI atribui essa revisão positiva à vigorosa demanda doméstica e ao desempenho acima das expectativas dos parceiros comerciais brasileiros ao longo de 2023. A instituição também destaca o efeito estatístico de uma demanda interna mais robusta do que inicialmente previsto, contribuindo para a revisão para cima.
A análise do FMI ressalta que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil manteve seu crescimento em 3,1% em 2023, com a expectativa de uma expansão de 1,9% em 2025. A melhoria nas projeções econômicas não se limita apenas ao Brasil.
O México também experimentou um aumento de 0,6 ponto percentual em sua estimativa, com a previsão de crescimento de 2,7% para este ano. Apesar das perspectivas positivas para Brasil e México, o cenário para a América Latina e Caribe tornou-se mais desafiador, com uma desaceleração estimada de 2,5% em 2023 para 1,9% em 2024. Essa revisão negativa é atribuída à contração na Argentina, que enfrenta ajustes significativos para restabelecer a estabilidade macroeconômica.
Ainda que a economia brasileira tenha enfrentado desafios no último trimestre de 2023, como os efeitos dos juros elevados, a expectativa é de continuidade na trajetória positiva, impulsionada pelas medidas do Banco Central, que reduziu a taxa Selic e sinaliza mais cortes. A divulgação dos dados do PIB no quarto trimestre de 2023 e do acumulado do ano será realizada pelo IBGE em 1 de março.
As estimativas do FMI estão alinhadas com as previsões do governo e do Banco Central, ambos projetando uma expansão de 3,0% para o período. Para 2024, as projeções do Banco Central e do Ministério da Fazenda divergem ligeiramente, com 1,7% e 2,2% de crescimento, respectivamente. Ambas as contas serão revisadas em março.
Apesar dos desafios regionais, as Economias de Mercados Emergentes e em Desenvolvimento, categoria à qual o Brasil pertence, apresentam uma perspectiva mais otimista, com uma taxa de crescimento prevista de 4,1% para ambos os anos, 2023 e 2024.
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