31/03/2025 - A partir desta segunda-feira, 31 de março de 2025, os preços máximos de medicamentos no Brasil passam por um reajuste autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão interministerial vinculado ao governo federal. O aumento, que segue critérios técnicos e legais estabelecidos desde 2003, tem teto de 5,06% para alguns produtos, mas não será automático em todas as farmácias. Confira os detalhes:
O que diz a regulação?
O reajuste é definido anualmente com base em fatores como inflação (IPCA), custos de produção e concorrência no mercado. Em 2025, o índice médio autorizado é de 3,83%, o menor desde 2018 36. Os medicamentos foram divididos em três categorias:
Nível 1: Alta concorrência (ex.: anti-inflamatórios comuns) – aumento máximo de 5,06%;
Nível 2: Média concorrência (ex.: medicamentos para sistema nervoso) – 3,83%;
Nível 3: Baixa concorrência (ex.: remédios para diabetes ou emagrecimento) – 2,60%19.
A CMED, composta por representantes de ministérios e da Anvisa, não define os preços finais, mas estabelece um teto. As empresas farmacêuticas devem ajustar os valores dentro desses limites e apresentar um Relatório de Comercialização para validar os aumentos 17.
Posição do governo Lula: responsabilidade ou continuidade?
O reajuste é parte de uma política regulatória em vigor desde 2003, não uma decisão exclusiva do atual governo. A CMED atua com base em cálculos técnicos para equilibrar a proteção ao consumidor e a sustentabilidade do setor farmacêutico. O governo Lula autorizou o ajuste, seguindo a legislação, mas não controla diretamente os preços praticados pelas farmácias 57.
Impacto no bolso do consumidor:
A Anvisa reforça que o teto evita aumentos abusivos, mas os preços podem variar devido a descontos ou estratégias comerciais 38.
O Sindusfarma (sindicato das farmacêuticas) projeta um reajuste médio de 3,48%, abaixo do teto, devido à concorrência e estoques existentes 29.
Principais medicamentos afetados
Embora a lista completa dependa de cada fabricante, destacam-se:
Anti-inflamatórios comuns (nível 1): maior aumento possível (5,06%);
Antidepressivos e ansiolíticos (nível 2): até 3,83%;
Medicamentos para diabetes e obesidade (nível 3): limite de 2,60% 9.
Vale ressaltar que medicamentos com alta concorrência, como genéricos, tendem a ter menores aumentos ou até manter os preços, graças à disputa entre farmácias 410.
Como economizar?
Especialistas recomendam:
Optar por genéricos ou similares, que têm preços mais acessíveis;
Comparar preços em plataformas online ou entre farmácias físicas;
Utilizar programas governamentais, como Farmácia Popular, ou buscar medicamentos gratuitos no SUS;
Comprar a granel (se o uso for contínuo e a validade permitir);
Aproveitar descontos de fidelidade ou cupons 410.
O aumento já está valendo?
Não necessariamente. O reajuste depende da reposição de estoques e das estratégias de cada estabelecimento. Em 2024, alguns medicamentos demoraram meses para ter os preços ajustados 19. A Anvisa orienta os consumidores a denunciar abusos via formulário online se encontrarem valores acima do teto 3.
Conclusão
O reajuste de 2025 segue uma política de regulação de longa data, com papel limitado do governo na definição direta dos preços. A CMED busca equilibrar a proteção ao consumidor e a viabilidade do setor farmacêutico, enquanto as farmácias e fabricantes têm autonomia para ajustes dentro dos limites legais. Para o cidadão, a dica é pesquisar e aproveitar alternativas econômicas.
Fontes consultadas: Diário Oficial da União, Anvisa, CMED e sindicatos do setor 137.
Reportagem: Equipe do Portal Guia Paraíso Online
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